domingo, 12 de setembro de 2010

Afinal, o que eu estou fazendo aqui?

Desde ontem tenho me feito esta pergunta incessantemente, um pouco por ter percebido que a questão não é estar fisicamente perto da Amma, mas sim estar focada nela o tempo todo. E isso, sinceramente, não tenho feito.Parece que estou sem forças, até parece que também estou passando por um panchakarma espiritual, como muitas das mulheres aqui estão fazendo.
Tudo bem que eu faço muitos mantras, que eu faço os 108 todos os dias (estou meio craque), que fico perto da Amma um pouquinho, medito, mas tenho me sentido sem energia e sem força e um pouco perdida.
Sobre o passeio de barco, só mesmo quando eu chegar aí, pois o episódio ainda continua me assustando então.... nada definido. Mas posso dizer que ninguém chegou perto.
O que significa exatamente passar 28 dias num ashram com a divina presença física da Amma?
Ainda não tenho a resposta, e acho que significa uma coisa diferente para cada um de nós. Mas estou buscando o que significa para mim, pois não quero mesmo perder a viagem!
Não quero perder a viagem em nenhum sentido. Nem esta viagem, nem a viagem a esta encarnação.
O que estou fazendo aqui afinal? Porque aceito a restrição física, a dificuldade material desnecessária?
No desespero e na falta de força, pela primeira vez ousei quebrar uma regra e pedi um darshan, mesmo tendo recebido um darshan na quinta-feira. A mesma pessoa que havia sido super grosseira comigo no primeiro dia, foi super simpático. Expliquei que estou meio adoentada do corpo e do coração e ele me deu a senha.
Foi o melhor darshan da minha vida. Fiquei ali implorando para Amma me conter, me segurar nela e me dar coragem e direção para focar nela.
Amma me agarrou, me segurou durante muito tempo e eu fiquei dentro das pernas dela. Uma vibração de colar corpo a corpo incrível.
Caí no choro e ali fiquei muito tempo meditando, expandindo esta força.
Sei que a única coisa que me interessa é realmente a Amma, servir minha mestre. Adoro a vida, meus filhos, meus amigos, adoro tudo, mas acima de tudo está minha Mãe Divina e hoje acho que é isso que eu vim fazer aqui – mais uma vez renascer para o amor dela. Tirar mais uma casca dessa cebola difícil.
Hoje estamos sem luz nos quartos do nosso andar. É uma sensação estranha e a dificuldade material que passamos, apesar de não ser extrema, realmente mostra o quanto o divino é o que importa!
Eu subiria os 15 andares de escada, dormiria na chuva, ficaria até amiga do ratinho que vive no nosso quarto, faria muita coisa mais para aproveitar estes momentos divinos da presença da Amma.

3 comentários:

  1. Om Amriteswaryai Namaha! Om Namah Shivaya! Om Gam Ganapataye Namaha! Om Hare Krishna Hare Krisnha, Krishna Krishna Hare Hare. Om Hare Rama Hare Rama, Rama Rama Hare Hare!
    Uauuu que engrandecedor ouvir ou melhor, ler estas palavras!!! Parece que estou ouvindo você bem próxima me contando! Desfrute o máximo, não se desvie um só momento! Foco total na AMMA...Olhar na mesma direção...Foco no foco da Grande Mãe!!! Bjs...

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  2. Om Amriteshwaryai Namah!
    Querida Anugraha,
    Me emocionei muito com seu depoimento. Como é difícil romper estas cascas todas... Estamos aos Pés da Mãe Divina e é aí que devemos estar sempre.
    Que Ela te dê forças, coragem e sabedoria para perseverar na sua caminhada. O prêmio? TUDO!!!
    Bjs no coração!

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  3. Maria!!! Que abração hein? Cola na Mãe, cola na Mãe, cola na Mãe!!!!!!!

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