segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tudo na vida vai ficando um pouco fluo.....

Memórias... tenho pensado nelas... o que são, para que servem... As memórias vividas tão recentemente, mas com tanto impacto, tão inesperadas e tão felizes vão ficando para trás, vão ficando confusas e, pelo que vi, são tão pessoais que até mesmo quem estava ao nosso lado teve uma experiência diferente e pode me levar a a questionar o vivido.
É preciso ter certeza de si para manter o vivido como seu, para receber de braços abertos tudo o que o Universo nos oferece o tempo todo.
Aí me lembrei da segunda palavra que eu mais escutei no ashram: viver o aqui e o agora. Ficar no presente, ficar integralmente no momento presente, sem apego ao passado ou apreensão pelo futuro. Talvez este seja um dos apegos mais difíceis de soltar.
Pois quem somos nós sem a memória do vivido? Não somos seres compostos pelo resultado das experiências vividas? Uau! Quem somos nós? Quem sou eu?
Como incorporar o passado para viver melhor o presente, sem apegos ou sem limitar o futuro?
É, parece que esta será uma longa reflexão e não tenho a menor ideia de onde devo começar.
Enquanto digito pulam na minha cabeça conceitos que aprendi sobre quem sou eu, ou melhor, sobre quem somos nós os seres humanos.
Ainda não sei se faço desses conceitos minhas verdades profundas, sentidas e vividas.
Não vivo na dimensão expandida do atma, conheço-me um pouco, mas apenas do que vivi nesta vida, intuo processos cuja comprovação não tenho, bem, a história é ainda um pouco obscura.
Tudo na vida vai ficando meio fluo? Essa é uma forma de desapego? Então, para que viver, expor-se a viagens, ao trabalho, aos relacionamentos, às decepções, às frustrações, às tristezas...

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